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All the world will look at me... And hold his breath too hear my speech

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

E se fosse midiático?


Nosso conhecimento de mundo (mostrado pelo que eu só escrevo sobre aqui) nos diz que o sujeito indeterminado da sentença do título é heavy metal, mas, deixei em aberto para que você pense em qualquer coisa que você goste e que é contrário ou ignorado aos conceitos aceitos pela mídia e sociedade, então, use sua toolbox da melhor maneira...

Alguns de nós somos outsiders no mundo. Não nos enquadramos nem nos misturamos com a mediocridade que nos cerca e vemos toda hora. Seja ela expressa pelo seu gosto musical, jeito de se vestir, preferência religiosa ou sexual, etc e etc. E eventualmente batemos de frente com outras pessoas - igualmente exclusas - com nossos mesmos gostos e tendências... acho que a esses damos o nome de 'Amigos/Colegas'.

Recentemente eu li uma notícia sobre a compositora de 'Ai se eu te pego' irritada com as críticas de que sua música não tinha conteúdo. Ela disse o seguinte: “No dia que um trio elétrico arrastar milhões tocando Bossa Nova, eu mudo de nome!”.

Em outra postagem aqui, sobre o mesmo assunto 'Michel Teló', eu disse o seguinte: "Eu achei no heavy metal a ideia de fazer parte de alguma coisa em uma sociedade que eu sempre estive deslocado. Assistindo aos shows, seja num motoclub ou num bar da pra entender que: Nós estamos muito bem sem vocês."

Então, recapitulando: Japoneses respiram Power Metal, Noruegueses vivem o Black Metal, e nós, brasileiros, comemos lixo.

sim, nós comemos lixo. É como uma pressão osmótica. Eu não gosto de Funk e conheço o "Sou Foda". Eu não gosto de axé(?) e conheço Michel Teló. Não gosto de forró e conheço calcinha preta. Não gosto de sertanejo universitário e conheço Luan Santana... e assim vai. Isso simplesmente entrou na minha cabeça. E a culpa é da mídia, é o que faz as Sharon Aciolys da vida - supracitada "compositora" de Ai se eu te pego - escreverem merda e não música.

Ah a mídia... agora vem o ponto o qual eu gostaria de entrar: E se fosse midiático?

A long time ago, vi uma discussão no youtube em alguma música de uma banda do cenário underground de metal brasileiro, lá, todos defendiam uma mídia mais por dentro e influente no metal, que difundisse-a para a massa. Na quantidade absurda de comentários com o mesmo conteúdo, li uma ovelha desgarrada dizendo o seguinte:
"Você realmente gostaria de perder o que é muito especial e único só para você e outros poucos para dar lugar à toda a massa?"

Ele não disse com essas exatas palavras, mas a ideia nunca saiu da minha cabeça. Eu realmente gostaria de dar um abraço nesse sujeito pois foi ele quem me fez sair da Matrix.

A premissa é muito simples: Você gostaria de ser igual a todos os outros? Por um lado seria ótimo ter um nível intelectual maior (sim, eu acredito que o fato de gostar de metal, jazz e clássica esteja diretamente ligado à inteligência da pessoa). Seria ótimo poder assistir Angra, Andre Matos, Hangar, Braia, Shadowside, Ravenland e outras bandas toda hora na tv, mas perderia o que me encaixa num seleto grupo de excelentes pessoas, para virar, simplesmente: a massa. Obviamente esse é o MEU pensamento e, claro, não corresponde com a ideia de algumas bandas que adorariam ganhar mais dinheiro vendendo mais seu trabalho ou se vendendo (sem se importar com a qualidade da sua música ou dos seus fãs), como as vezes acontece.. não vou entrar nesse mérito não.

É, aí, que eu vou fechar o texto do mesmo jeito que eu fechei o último:

Eu achei no heavy metal e em outros gêneros - que nunca aparecem na Rede Globo - a ideia de compreender e fazer parte de alguma coisa em uma sociedade que eu sempre estive deslocado. Assistindo aos shows, seja num motoclub ou num bar com capacidade para 50 pessoas, olhando ao redor da pra entender que: Nós estamos muito bem sem vocês.

... E por isso vou me contentar com as poucas entrevistas no programa do Jô, no Altas Horas e outros.



Referências: (1)

15 comentários:

  1. Estou muito bem não fazendo parte da massa.

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  2. Eu também. Além do mais acredito que o hrard rock e heavy e threash metals estão mainstream sim, senhor. Dane-se a mídia, hoje temos o youtube! Vamos todos garimpar a música boa de lá =D

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    1. Pois é, já falei isso em outras oportunidades.. não precisamos da mídia e o Youtube tá aí, firme e forte.

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  3. O problema é que a mídia é formadora de opinião, diz oque as pessoas devem ouvir e participar. Pessoas com pouco senso crítico adotam esse comportamento, jovens mulheres são representadas como Piriguetes, rapazes em pedofilos. Até onde eu sei buscamos pessoas críticas e éticas para os padrões de uma sociedade, a mídia acaba por poluir a massa. Não estou dizendo que a mídia é culpada, a mesma é um excelente veículo de informação, ela esta sendo mal utilizada.

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    1. Olá! Bem, então, a mídia é a maior formadora de opinião que existe mesmo, só que acho que ela é sim muito bem utilizada, só que pelas pessoas erradas.

      Pessoas sem escrúpulos e interessadas somente no lucro estão nas mesas de reunião em suas portas... e esse é o problema com o jornalismo quando envolve dinheiro. Os acionistas precisam se beneficiar, os diretores precisam da parte dele e os investidores querem o retorno. Sobra pra nós engolirmos tudo o que aparece por aí como 'sucesso' ou 'cultura'... Acho que todo mundo lembra daquela capa da veja do Michel Teló né?

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  4. Fico feliz por participar de um seleto grupo de amantes da boa música!

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  5. graças a deus não lembro dessa capa da veja com o michel temdó, aliás essa revista é como se não existisse para mim...me conta o que rolou nessa capa??

    Concordo plenamente, nós estamos muito bem sem a mídia, eu não ia querer de jeito nenhum encontrar aqueles tipinhos nas lojas de conveniencia dos postos de gasolina escutando o "meu som", aquele que só eu e um seleto grupo conhece e que me diferencia dos demais. Eles merecem escutar sertanojo universitario, funk e gêneros afins.

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    1. Gaby, primeiro desculpa, foi capa da ÉPOCA, mas é tudo farinha do mesmo saco.

      http://www.gingol.com.br/wp-content/uploads/2012/01/Michel-Telo-Capa-Revista-Epoca.jpg

      Ela também é auto-explicativa, dá uma lidinha na capa que nem preciso fazer comentários. hehe.

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  6. Haha os japoneses tambem comem muito lixo cara J-pop J-rock e japoneses que cantam um hip-hop de menininhas e esse pensamento elitista e de "meu som" é meio ridiculo essa gaby então deve ser rainha poser e tá ai querendo se clamar membro de um seleto grupo e bla bla bla bla bla bla...... Foda-se com essa idea se o heavy metal se torna-se popular mais com as pessoas realmente gostando do estilo e curtindo o som seria otimo melhor seria excelente mais o que viria junto é um bando de moleque achando que ser headbanger é só beber encher a cara escutar uma musica ou outra do Ssbbath ou do Zeppelin ou dar pra um headbanger ja é ser metaleiro porra eu já passei da idade dessa coisa de grupo seleto já amadureci pra continuar com um pensamento infantil desses é o mesmo caso do molequinho que critica um filme maravilhoso como watchmen simplismente por que o mundinho dele se tornou publico grow up and get over it

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    1. Vi uma quadrupla negativa no seu post que me fez perder seu pensamento.. diz que evoluiu em pensamento mas critica J-Pop, J-Rock e cia? Pensamento elitista é quando você critica um J-Pop ou J-Rock da vida sem reconhecer ao menos que algo bom dele deve existir. Como eu disse, muitos não, não, não, não no seu argumento, indo contra algo já dito por ti mesmo me fizeram me perder na ideia original.

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  7. Tu escreve bem cara.. Parabéns.
    E é muito gostoso falar que ouve uma coisa "sua", uma banda que poucos conheçam...

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    1. Cara, brigadão! Pois é, é realmente uma sensação boa.

      Se não conhece nossa página no facebook, fica aí o link, Abs:
      http://www.facebook.com/pages/Prelude-To-Oblivion/207802339317988

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  8. Cara partinhamos do mesmo sentimento e pensamento. Na escola sempre tirei nota boa em ingles sem fazer tarefa alguma que o professor me pedia, so por causa do Metallica, Sepultura e outras banda tirava nota boa pegava o dicionario e ia traduzir as letras das musicas passa o dia inteiro e depois de traduzir tentava canta-las viva o heavy metal e tudo aquilo que ele traz de bom

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    1. É isso ai mesmo cara... também sempre tive boas notas em inglês mas na época minha vida era mais virada pra George Harrison do que para o Metal em si, até por influências mesmo de família. Depois virei a ovelha desgarrada e aí foi tudo de uma vez. heheh

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    2. eita leandro comigo tb e assim sempre tirei boas notas em inglês mas tenho mais influencia do classic rock do que de metal mas depois que conheci bandas como judas priest, arch enemy entre outras comecei a gostar de metal

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