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All the world will look at me... And hold his breath too hear my speech

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Apresentando: Algoz

Faz muito tempo que eu não sinto orgulho do RJ. Não me entendam errado, tenho orgulho do meu estado, mas musicalmente falando a coisa estava um pouco tensa...

Tudo o que aparece na mídia, como sendo "O Nosso Estado", tem um tal de "MC" na frente. "MC"? Eu sempre fui mais fã de um Ph.D. ou um B.A. no final... mas isso tá em falta.

Fazendo um pouco de esforço pra pensar, consigo lembrar de algumas bandas cariocas que eu gosto muito. Entre elas: Rogério Skylab, Gangrena Gasosa, Aquaria e mais recentemente conheci o trabalho da Statik Majik e da banda Algoz.

A Algoz vem de Maré, Rj.

Apesar de não ser um gênero que eu gosto e escuto diariamente, é notável o empenho e trabalho que os rapazes da banda tiveram, bem como a vocal, cantando em português.

Pra quem quiser conhecer o VideoClip da banda:


Podem Stalkear com vontade nas redes sociais:
Facebook | Myspace | Twitter

Singela homenagem ao SoulSeek

Com o fim do MegaUpload e alguns outros sites do mesmo gênero fechando as suas portas, diversos blogs que indexavam músicas de gêneros específicos perderam seus arquivos, e nós, 'consumidores', tivemos que procurar outros meios....


É, o MediaFire e o 4shared resistem bravamente. Bem como o Torrent está ai para caso você procure algum album mais específico em melhor qualidade (tipo .flac ou mp3 em 328kbps). Mas e aqueles arquivos bem raros que você não encontra nos torrents da vida e até mesmo em tracker privado é chato de achar?

Lembro quando um amigo meu descobriu um senhor - da Finlândia - professor de literatura da University of Jyväskylä. Por um acaso esse senhor cantava músicas do Elvis em Latim, e nós, curiosos como somos, corremos atrás por toda a surface web atrás desses malditos albuns... nada. 

Até e-mail para o Dr. Ammondt foi enviado, mas o frete deixava o valor dos cds inviáveis para que comprássemos.

E foi aí que sobrou o SoulSeek.



SoulSeek é uma rede P2P para a troca de música que veio ao ar em 2000. Ela conta com uma quantidade interessante de arquivos bem raros... e foi lá que achamos o disco do Dr. Ammondt.

Minha época na internet era a época de ouro do Emule, e por isso eu não tinha precisado usar o programa até essa semana. Bem quando comecei a fazer o download de alguns discos para completar discografias ou simplesmente para arrumar o Itunes/XBMC.

Estava atrás de um álbum de uma banda russa de música clássica chamada Caprice (recomendo, mas enfim..) e não achava em lugar nenhum. Foi conversando com esse meu amigo que ele me lembrou do programa.. e lá estava! Achei o álbum, e também o novo disco do SauruXet que eu estava procurando. 

Já até postei ambos no 4shared. :)



Fica aí minhasingela homenagem ao SLSK.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Download de mp3 realmente atrapalha os músicos?



Aos meus poucos e fiéis leitores, desculpa a demora em escrever esse post. Tirei a semana para fazer downloads de novos albuns, arrumar o pc, acertas os covers do album.. coisa que todo entusiasta de música gosta de fazer quando está de férias....

Eu, como qualquer fã de heavy metal, tenho orgulho da minha pequena coleção de albuns físicos. No meu caso é a do Angra. Foi futucando essa coleção que veio a vontade de procurar os que eu ainda não tinha e, assim, comprá-los.

Já tinha conhecimento da grande quantidade de EPs e Demos lançados, mas não sabia exatamente o preço deles (e muito menos a dificuldade de encontrá-los). E, só de olhar brevemente o mercado-livre já veio a desistência:

É isso mesmo: R$850,00. E o mais chato é que nem completa está, ainda faltam alguns EPs, apesar de ter o mais caro, esse ai da foto. E a justa explicação do rapaz vendedor por esse valor:
"Este CD é o mais valioso , por ser bastante difícil de encontrar (consegui comprar em um festival de heavy metal de 2002 na Alemanha). Já coloquei este CD sozinho para vender ao preço de R$490,00. O menor valor que faria nele sozinho é algo em torno de R$400. Por este motivo optei por vender em um pacote."

É complicado pagar R$400,00 reais em um album. Eu não tenho essa opção bem como acredito que não é a realidade brasileira.  Já acho meio chato pagar 40 em um album, apesar de fazer as vezes. Para muita gente é um dinheiro que faz falta.. ao menos o é para mim. A solução? Baixar na internet.

Acho que pela histórinha, o meu ponto de vista sobre o download já está mais do que explicado. Quem lê meus textos sabe que gosto de fazer os primeiros parágrafos com algo prático para me apoiar na hora de argumentar. Mas vamos lá:

Não é a realidade brasileira gastar dinheiro com cultura. E acredito que isso se divida por dois fatores: O do dinheiro - que já falei acima - e a realidade social, que nos mostra que Brasileiros não consomem cultura. São poucas pessoas que gastam dinheiro com livros, por exemplo. Eu só vejo pessoas comprando livros caso venha a usar o título por causa da faculdade. Difícil é ver alguém parar na livraria e carregar umas duas ou mais narrativas que não sejam os best-sellers modinhas do momento.

E com música? É bem mais fácil abrir qualquer um dos milhares de blogs voltados para gêneros específicos e baixar o album do seu artista preferido... Mas isso é ruim? Eu acho que não.

Essa guerra não é nova. Existe desde os tempos remotos do Napster vs Lars Ulrich e, não adianta: O compartilhamento de arquivos sempre vai vencer, lidem com isso! Eu, bem como muitos dos meus amigos conhecemos bandas por causa de downloads/youtube - se dependêssemos da Rock Brigade só iríamos conhecer o Angra - e assim, aos poucos, fomos comprando os albuns que nós gostávamos. Hoje chego quase aos 40, o que é uma cifra insignificante perto da de alguns colegas.

O resultado dessa 'guerra' é uma mudança de pensamento por parte dos músicos (por parte da gravadora não, essa continuará sempre batendo na mesma tecla). Tenho contato com alguns e, conversando o assunto, mostra-se clara a compreensão de que o trabalho de estúdio (o album) virou apenas um formal cartão de visitas do artista. Para fazer mais dinheiro agora é necessário ir para a estrada  fazer apresentações e workshops. E como consequência disso estamos tendo uma quantidade absurda de shows e festivais.

Agora, Edu, se os Brasileiros vão para os shows, aí é outro esquema... como eu já disse em outro post.. fica difícil para alguns de nós do Interior..

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

SOPA e o compartilhamento de Músicas/Videos/Dados

O assunto do projeto SOPA (Pare com a pirataria on-line, em tradução livre) está rolando na internet já por um bom tempo, e aparentemente tem gente que ainda não sabe o que é.

O SOPA é um projeto de lei que está correndo pelos Estados Unidos, a fim de combater a pirataria online. Ele serve para ampliar os meios legais para que os detentores de direitos autorais (aka Industria Fonográfica, Cinematográfica, etc) possam combater o tráfico online de propriedade protegida. Propriedade protegida essa que usualmente nós fazemos download, como por exemplo: músicas, filmes, videos, livros...

Essa lei não afeta só os Estados Unidos, e sim todo o conteúdo disponível na internet. Ela servirá para criminalizar as pessoas que compartilham arquivos. Os sites como Google e Facebook, por exemplo, também poderiam ser punidos pela acusação de "permitir ou facilitar" a pirataria destes.

À favor dessa lei estão os grandes estúdios de filmagens, editoras de livros, gravadoras de músicas e emissoras de TV que se sentem lesadas com a distribuição dos seus filmes, músicas e seriados, usualmente em servidores internacionais e fora da jurisdição dos Estados Unidos. Podendo citar o nome da Disney, Universal, Paramont, Sony, Warner Bros, entre outras. (A lista completa pode ser lida AQUI)

Do lado oposto estão as empresas de tecnologia como o Google, Facebook, Wikimedia, Ebay, Twitter, Yahoo!, etc. A alegação é simples: caso o projeto seja aprovado, teria menos liberdade na internet, além de dar poderes em excesso para quem quiser tirar endereços do ar. Repito: prejudicando o funcionamento da web em todo o mundo.

Até a White House demonstrou-se contra - em seu blog - afirmando que o projeto vai contra a liberdade de expressão. Bem sabemos que essa Liberdade de Expressão é um direito assegurado na Primeira Emenda à Constituição dos Estados Unidos, e o congresso não está em posição de violá-la.

Na minha singela opinião, eu ficaria chateado em ter que dar meu suado dinheirinho para empresas como a Universal e Warner. Eu realmente prefiro baixar os filmes na net. Os atores já são bem pagos por natureza, ao contrário dos músicos. Quanto aos músicos eu faço um esforço maior pra tentar assistir um show ou comprar um cd, e com essa lei em vigor, nem baixar pra escutar algo eu conseguiria.... e acho que nós, entusiastas de música, detestamos comprar um álbum sem saber se ele é suficientemente digno.



Além disso, parar de vez com o compartilhamento de arquivos seria uma perda cultural enorme para grande parte do povo que descobre novas bandas fuçando o Youtube (eu conheci muita banda boa na época de ouro do eMule). Bem como alguns selos que decidissem não compartilhar seus arquivos faria com que a divulgação - que sempre rola no boca-a-boca, em blogs ou sites de compartilhamento - caísse drasticamente. E, acredito eu, prejudicaria a própria venda do álbum do artista.

Pesando tudo isso numa balança, imagino que o projeto seja engavetado ou modificado bastante antes de ser aprovado.


Fontes: (1) (2) (3) (4) (5) (6)

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Crônicas de um Headbanger do Interior - parte I

Não é fácil morar no interior de um estado, acredite! Nós assinamos o feed da Whiplash e da Agenda Metal na esperança de aparecer um show legal, e sempre aparece: São Paulo (isso quando não é por lá do Nordeste).

Essa falta de um cenário no interior, bem como a falta de um underground forte em algumas cidades nos leva a assistir o que tiver de show dos mais variados gêneros, afinal, é sempre bom assistir um show ao vivo. E isso nos faz ver certas cenas engraçadas e deprimentes ao mesmo tempo: como o carinha do Restart levando uma pedrada.

Sr. Edu, não é que nós não gostamos de apoiar o cenário nacional e levantar a bandeira do mesmo. Entenda isso por favor! Do mesmo jeito que o Sr. não arrisca muito um show numa cidade de 80mil habitantes para não perder seu tempo e dinheiro, fica difícil pra gente sair do Interior do Rio de Janeiro para ir pra São Paulo assistir todos os shows que você faz.

O ingresso já não é barato. E pessoas como o seu produtor (ou seria a agência?) ainda inventam esquemas de pista vip, pista premium, pista pica-das-galáxias e camarote dos famosinhos para tirar mais dinheiro da gente, Sr. Falaschi.

E o pessoal da Staff não feliz com isso tudo, ainda inventa de colocar lotes de meia-entrada bem limitados, bem como tentam burlar a lei federal da meia-entrada. Para não sofrer dessa chateação toda vez que gostaríamos de assistir um show, a gente tem que escolher um ou outro para podermos pagar o ingresso que chega até a 400 reais, mais a passagem inter-estadual (ida/volta) e diária de hotel.

Então, Sr. Almah, é melhor a gente escolher um show de algum artista do exterior para pagarmos-pau... Pode ser do Edguy, do Avantasia, do Amorphis, do Michael Kiske, do Guns.... se for brasileiro, preferencialmente o do Andre Matos.

E nesse meio-tempo a gente reza pro Sr. fazer mais shows em cidades menores, para ficar mais fácil de apoiarmos o cenário nacional.

E enquanto isso não acontece a gente fica aqui comprando o seu cd :)



Favor, ler o texto com a quantidade de ironia necessária! E caso não tenha visto: 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A Pedrada no Pe Lanza em Rio das Ostras

Fiquei o dia inteiro procurando uma citação de porta de teatro que eu li em algum lugar de algum livro do ensino fundamental anos e anos atrás, que dizia mais ou menos assim: "Por favor, não jogue objetos cortantes nos artistas, dê preferência por tomates podres ou ovos". Isso ilustra o que eu vou escrever.

Em Rio das Ostras (interior do Rio de Janeiro) temos uma quantidade absurda de shows gratuitos o ano inteiro, usualmente de Jazz e Blues, visto a fama da cidade em ter o maior Festival do gênero da América Latina... mas obviamente não é esse povo que gosta de Jazz e Blues que é atraído pela cidade (de boas praias) durante o verão. É o povo da baixada.

E como usualmente esse pessoal não se alegra com Jazz e Blues, e os comerciantes gostam de levar a grana de sempre, a Prefeitura aposta em uma programação diferente, batiza de "Ostras Folia" e coloca uma programação bem variada.

Enfim, estamos de férias e show do Restart pareceu uma boa ideia para muita gente rir durante uma hora, e assim, ficou relativamente cheio o espaço. O que mais tinha era "rockista", "funkista", bangers, menininhas histéricas e um monte de maloqueiro... tudo junto, já que Rio das Ostras não é uma cidade de muitos 'points'.



Por perto do final do show, estávamos tomando uma boa breja quando do nada o vocalista da banda, Pe Lanza, começa a sangrar no rosto. Acertaram uma pedrada no seu supercílio. Então ele solta alguns clichês para as garotinhas e mantêm o profissionalismo e canta a última musica da set list como deveria ser.

Ai voltamos ao meu pensamento inicial do post: Por que diabos acertar uma pedra no garoto? Só pelo fato dele ser um péssimo músico, em uma banda tão ruim quanto? Não acho isso suficiente, assim como não acho justo. Se quer jogar alguma coisa, jogue ao menos uma garrafa d'água se a intuição é demostrar seu desgosto.

Eu não estava minimamente perto da pessoa que lançou a pedra e não faço ideia de quem foi, apesar de acreditar que isso não é costume do pessoal da cidade... talvez seja de quem tá acostumado a brincar de tiro-ao-alvo na baixada, mas aqui NÃO.

Fica aí minha indignação com o ocorrido, mesmo não gostando da banda e muito menos dos músicos.

Quem quiser ver o vídeo, pode pular par os 3minutos.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Não só gays, headbangers também sofrem preconceito.



Em uma sociedade como a nossa, com valores bizarros e invertidos, uma pessoa que 'pensa fora da caixa' quase nunca é bem-vinda. Grande parte da culpa disso vem de uma limitação da capacidade humana chamada de expectativa prévia. Essa expectativa prévia é a grande vontade que temos de encontrar as coisas "certas" a modo que confirme brilhantemente nossas convicções e crenças, sejam elas confessas ou implícitas.

Sabendo disso é fácil entender o preconceito que existe na cabecinha de pessoas por causa do heavy metal e alguns outros gêneros/sub-gêneros. Já é taxado como música do diabo por grande parte da massa que nem ao menos consegue entender ou traduzir uma letra em inglês.

A verdade, cientificamente provada, é: Heavy Metal funciona para alguns de nós como uma catarse, uma redenção que nos alivia da pressão de problemas. Para os outros é apenas barulho de guitarras distorcidas e uma pegada forte de bateria.

Particularmente, conheço esse preconceito desde o ensino médio, nos padrões de uma escola católica que te força a estudar religião. Lá, ter as madeixas longas já é motivo de preocupação ainda que você trate todos os 'coleguinhas' e funcionários com respeito.

Mas então veio a faculdade, achamos que é um mundo diferente e mais aberto, vos digo: Isso funciona apenas com quem fuma maconha.

Tive a oportunidade na faculdade de ser recebido por uma tutora, doutoranda em psicolinguistica. Uma hora conversávamos sobre música e respondi que estudava, gostava e lia tudo o que eu podia sobre música clássica, jazz e blues, mas que minha real paixão era o Metal. Foi o suficiente pra ela me olhar com uma cara estranha por um momento, mas ai então resolveu responder: "Nossa, não parece. Você é um menino tão.... articulado. E usa roupas normais".

Essa expressão "articulado" é muitas vezes usada quando tentam dizer de maneira politicamente correta que "Ele é negro, mas tem alma de branco". Para evitar essa coisa feia, simplesmente dizemos que a pessoa é articulada.

Perguntei pra ela então o que ela conhecia de metal: Quase nada.

Mas no final de tudo, eu juro que entendo essas pessoas. Elas não podem ser culpadas dessa ignorância. Não existem muitos colégios que colocam ensino de música em sua grade curricular e a mídia não dá nenhum tipo de apoio para os gêneros que não são "da massa" e que também não "geram lucros".

E pensando bem nisso... acho que nenhum de nós gostaríamos de perder aquela coisa que é tão nossa e tão especial - como o prazer de ouvir um novo álbum da nossa banda preferida - para dar lugar à cultura popular, massificada e vendida. Deixem o heavy metal só pra gente mesmo!

É... acho que o eterno preconceito é um preço pequeno a ser pago.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Uma breve conversa com um colecionador de vinil

Tive uma breve conversa por e-mail com o Frederico Cesquim, grande colecionador e comerciante de vinil do site www.recordcollector.com.br. Como não foi algo muito planejado e saiu bem rápido, vamos entrar em contato mais vezes. Estou postando o texto agora pois achei o resultado bem interessante. 



Na época, qual foi a sua opinião na substituição do vinil para o compact disc? E o que você pensa disso hoje?
Na época eu pensei que era ruim, porque eu não tinha interesse no formato. Mas depois que comecei a conseguir tudo que era impossível em LP parti para o CD, mesmo assim não cometi a insanidade de vender os poucos 100 lps que eu tinha. Anos depois retomei a coleção de lps e abandonei de vez o CD. Acho que foi uma época boa pois pude conhecer muito material que não seria possível, já que um LP destes na época custava cerca de 10 vezes o preço de um CD. Hoje tenho mais de 3 mil lps em  minha coleção e a maioria são de edições atuais!


Como você enumera as diferenças entre o Vinil e o Compact Disc entre as suas qualidades e problemas?
Isso é papo de audiófilo que fica em cima de som. Eu não me importo com essa polêmica ao meu ver infantil. Meu negocio é com o formato: eu nasci e cresci com LP e prefiro este formato. Ele é mais difícil de conseguir e isso adiciona um ingrediente a mais no hobby. Faz você se desdobrar para conseguir o que quer, ate inglês eu aprendi para conseguir comprar o que queria no exterior.

Você acredita que a Industria Fonográfica deu um tiro no pé, ao longo prazo, substituindo  o Vinil pelo CD? Sabendo a facilidade de gravação da mídia digital.
Na época do boom do cd sim, mas no fim, isso não foi nada comparado ao MP3. Esta praga sim decretou o fim das gravadoras. Acredito que com a internet e o mp3 uma grande massa optou por viver em seu mundo de faz de conta baixando milhares de musica, ouvindo 1 % e ignorando todo o aspecto histórico e estético que cerca cada musica. Um colecionador de lps conhece as capas, a história da banda, a história de cada disco e pesquisa sempre, alem de ouvir de fato os dois lados do seu LP, já que ele PARA e presta atenção. Não esta no metro, no ônibus, na praia com um mp3 no ouvido alheio ao mundo.  

Mesmo depois de tanto tempo que o vinil já consta como "ultrapassado" a busca por eles ainda é grande?
Gigantesca, tanto é que diariamente recebo novas reedições e edições de lançamento de artistas que nem tinham nascido na época do vinil. Não é coisa de saudosista nem moda. É uma opção estética para ouvir musica que independe de novas mídias serem lançadas.

Tem algum gênero musical que recebe mais procura pelos vinis?
Com certeza, classic rock é o grande filão. Gêneros como música clássica por exemplo não tem procura, pois ai sim a grande maioria quer zero de ruido e praticidade para ouvir.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A Bizarra Vida da Xuxa

No último post, meus grandes amigos que perdem tempo lendo minhas baboseiras falaram que - usualmente - eu sou um excelente alfinetador, mas quase não ofendi o Michel Teló. C'mon guys, é só olhar para as músicas que ele escreve que já são ofensas por si só.

Conversando com um amigo surgiu o propósito inicial desse post, que era falar de pessoas que fizeram sucesso e abandonaram seus amigos ou suas raízes. Inicialmente nos veio à cabeça o caso da Ivete Sangalo e da Claudia Leite, com suas respectivas bandas, Banda Eva e Babado Novo.

Depois eu fui pensando na relação Xuxa e Marlene Mattos, assim comecei a procurar mais da vida dela, e, cara: É bizarro.

A Xuxa que aparece sempre na mídia é aquela que lança uma coleção chamada 'Xuxa só para baixinhos' e automaticamente é um sucesso de vendas. Considerando apenas a décima primeira edição da coletânea  temos disco de platina triplo em pouco mais de dois meses nas lojas.

O que acontece é que: olhando por alto no google, a vida dela é cheia de merda. E não é o que se espera de uma mulher que com 28 anos, pra lá de 1991, tinha um faturamento de 19 milhões de dólares e constava na lista da Forbes entre os quarenta mais bem pagos artistas do mundo.

O que muita gente sabe (e também ignora) ou não é que até filme com cena de sexo ela já fez. Até aí, seria até explicável, mas a cena era com um guri de 12 anos. O chamado filme "Amor Estranho Amor" deu muita dor de cabeça para a Rainha dos 'Gurizinhos' e continua assombrando até hoje. Isso quando ela não paga os 60 mil dólares anuais para que o produtor Anibal Massaini mantenha o produto no limbo. (Ignore isso, 10segundos procurando no google e você acha).

Esse filme rendeu uma bela batalha judicial que, infelizmente ela ganhou durante a época que tentava apagar seu passado bizarro.



Sem contar o filme pornô, são cinco ensaios de nudismo para uma revista masculina que concorria com a Playboy, chamada Ele & Ela. Quanto a essa revista ela não teve problema em tirar do mercado, visto que ela trabalhava na extinta TV Manchete - do mesmo grupo da revista.

Para tirar o ensaio que ela fez para a Playboy de circulação o esquema foi outro. Na época ela precisou que o "homem mais famoso do mundo" - o seu namorado - Rei Pelé entrasse na briga.

Pelé namorou com a Xuxa - aparentemente - no período de 80 até 86, quando ela já fazia um considerável sucesso na Manchete. Porém para ir trabalhar na Rede Globo ela precisava apagar seu passado e o Pelé foi uma ótima tacada para fazer sumir as fotos da gigante revista do Grupo Abril. Em troca desse sumiço, o editor da Playboy conseguiu uma entrevista com o "Rei". Já a "Rainha" conseguiu o programa na Globo. Pouco tempo depois de chegar no que veio a ser o apogeu da sua carreira ela terminou com o Pelé. Irônico, não?

Já na Globo foi só festa. Entrou na lista da Forbes, conseguiu diversos discos de platina, era sempre record de ibope e o caramba até que rompeu o elo com a Marlene Matos, pessoa que cuidava da sua vida pessoal e profissional por mais de vinte anos.

Depois disso veio os processos. Sobrou até pro Google que teve que retirar todas as fotos da apresentadora nua (ignora isso também) e também pelo fato do nome da Pedó.. perdão, Rainha, ter seu nome associado a Pedofilia.

Além desse, um processo contra a Band que lhe rendeu 4 milhões para a sua 'já pouca fortuna', após ter ido ao ar fotos suas do jeito que veio ao mundo. Aparentemente, a menina que saiu do seu útero ficou chocada ao ver d'onde nascera.



Sinto muita pena dela quando, em uma entrevista após a Band mostrar fotos dela nua, disse: "Isso dá margem para as pessoas continuarem me julgando. Tenho que provar quase diariamente que o que eu faço hoje não tem nada ver com o meu passado". Escorre uma lágrima do meu olho esquerdo toda vez que eu leio essa citação.

Recentemente um cineclub de Los Angeles chamado TheCineFamily criou um festival em sua homenagem chamado "Xuxa-Palooza" que a descreve como atriz de soft-porn.



Enfim, Xuxetes que me desculpem, mas essa mulher tem um pacto com Mefistófeles para subir tanto na vida mesmo com esse passado.

Fontes: (1)(Ensaio para a Playboy)(3)(4)(5)(6)(7)(8)(9)(10)(11)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Michel Teló na mídia.



Eu acredito que existe - basicamente - três situações que levem um Gigante da Indústria Fonográfica a começar um trabalho:(1) o artista é filho do Alguém, (2) ele é amigo do Alguém, ou é o ato de pensar (3) "Quanto dinheiro será que eu consigo fazer com esse cara?". Então, Michel Teló cai como uma luva para a Som Livre e a Universal Music.

Particularmente não tenho problema com o Brasil exportando as suas porcarias. O motivo é simples: Os Estados Unidos, França, Inglaterra e Japão são mestres em reciclar os seus dejetos e transformar em artigo cultural, nos enfiando qualquer porcaria goela abaixo como se fosse uma obra-prima contemporânea. Mas a culpa não é só deles visto que o Canadá nos deu Justin Bieber e a Holanda nos deu o Big Brother.

Então, qual o problema de exportar Michel Teló? Não tem problema nenhum. Façam o máximo de dinheiro que conseguirem com ele.

"Ah, mas tem tanta coisa melhor pra exportar!"

Sim, é verdade. O cenário musical brasileiro está muito aquecido e anda muito forte... Ao vivo tive o prazer de escutar a cantora niteroense de blues Taryn Spielzman. Além dela, Jefferson Gonçalves - gaitista - anda fazendo sucesso em diversas publicações ao redor do mundo. O grande violinista pernambucano Sérgio Ferraz está lançando outro album. E tudo isso fora do cenário underground do Heavy Metal, que está incrível com Semblant, Ravenland e o Shadowside que anda ganhando muito espaço na mídia especializada.

Só não acha coisa boa no nosso país aquele pessoal que fica assistindo Domingão do Faustão, Pânico na TV e CQC, então, fica a minha dica de desligar a TV e garimpar o Youtube. Acreditem: Tem muita coisa boa rolando por lá.

"É a imagem de  Michel Teló que vai ficar do nosso povo lá fora"

Brasileiro já fode a sua imagem por si só. Só ler algumas manchetes de jornal como aquela que diz que quatro brasileiros foram acusados de estupro em um trem na França . E quando não está fazendo merda no país dos outros, está falando mal do seu próprio. Por isso é um povo que realmente não merece muito respeito.

Mas falar que a imagem de Michel Teló é que vai rotular o povo Brasileiro é esquecer toda a contribuição de bandas como: Sepultura, Viper, Angra, Tuatha de Dannan, Hangar, Almah e personalidades como: Aquiles Priester e Andre Matos. Dá pra citar muita banda, mas não é esse o propósito.

Só considerando o sucesso do Angra e focando apenas no Japão temos dois discos de ouro (Angel Cry e Holy Land), um disco de diamante (Rebirth) e um disco de platina (Temple of Shadows). Dados da Recording Industry Association of Japan. E você ainda acha o Restart legal por ter um disco de platina na ABPD?


Com esse time todo, acho que o Brasil está bem representado então...


Para finalizar, a grande mídia vai continuar dando o que a grande massa gosta e o que mais trás dinheiro à ela. Eu achei no heavy metal e em outros gêneros - que nunca aparecem na Rede Globo - a ideia de compreender e fazer parte de alguma coisa em uma sociedade que eu sempre estive deslocado. Assistindo aos shows, seja num motoclub ou num bar com capacidade para 50 pessoas, olhando ao redor da pra entender que: Nós estamos muito bem sem vocês.
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