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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Não só gays, headbangers também sofrem preconceito.



Em uma sociedade como a nossa, com valores bizarros e invertidos, uma pessoa que 'pensa fora da caixa' quase nunca é bem-vinda. Grande parte da culpa disso vem de uma limitação da capacidade humana chamada de expectativa prévia. Essa expectativa prévia é a grande vontade que temos de encontrar as coisas "certas" a modo que confirme brilhantemente nossas convicções e crenças, sejam elas confessas ou implícitas.

Sabendo disso é fácil entender o preconceito que existe na cabecinha de pessoas por causa do heavy metal e alguns outros gêneros/sub-gêneros. Já é taxado como música do diabo por grande parte da massa que nem ao menos consegue entender ou traduzir uma letra em inglês.

A verdade, cientificamente provada, é: Heavy Metal funciona para alguns de nós como uma catarse, uma redenção que nos alivia da pressão de problemas. Para os outros é apenas barulho de guitarras distorcidas e uma pegada forte de bateria.

Particularmente, conheço esse preconceito desde o ensino médio, nos padrões de uma escola católica que te força a estudar religião. Lá, ter as madeixas longas já é motivo de preocupação ainda que você trate todos os 'coleguinhas' e funcionários com respeito.

Mas então veio a faculdade, achamos que é um mundo diferente e mais aberto, vos digo: Isso funciona apenas com quem fuma maconha.

Tive a oportunidade na faculdade de ser recebido por uma tutora, doutoranda em psicolinguistica. Uma hora conversávamos sobre música e respondi que estudava, gostava e lia tudo o que eu podia sobre música clássica, jazz e blues, mas que minha real paixão era o Metal. Foi o suficiente pra ela me olhar com uma cara estranha por um momento, mas ai então resolveu responder: "Nossa, não parece. Você é um menino tão.... articulado. E usa roupas normais".

Essa expressão "articulado" é muitas vezes usada quando tentam dizer de maneira politicamente correta que "Ele é negro, mas tem alma de branco". Para evitar essa coisa feia, simplesmente dizemos que a pessoa é articulada.

Perguntei pra ela então o que ela conhecia de metal: Quase nada.

Mas no final de tudo, eu juro que entendo essas pessoas. Elas não podem ser culpadas dessa ignorância. Não existem muitos colégios que colocam ensino de música em sua grade curricular e a mídia não dá nenhum tipo de apoio para os gêneros que não são "da massa" e que também não "geram lucros".

E pensando bem nisso... acho que nenhum de nós gostaríamos de perder aquela coisa que é tão nossa e tão especial - como o prazer de ouvir um novo álbum da nossa banda preferida - para dar lugar à cultura popular, massificada e vendida. Deixem o heavy metal só pra gente mesmo!

É... acho que o eterno preconceito é um preço pequeno a ser pago.

5 comentários:

  1. Acho que a internet estraga ainda mais a imagem de quem escuta Rock e Metal. Existe um grupo bem grande de pessoas ignorantes e elitistas - normalmente, adolescentes mimados - que se declaram "roqueiros" ou "headbangers". Não que eles se importem com a música, só usam como um rótulo pra se sentirem superiores.

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    1. Perfeitamente colocado!

      Do mesmo jeito que a internet trouxe um acesso grandioso à todas as bandas de qualidade no mundo inteiro, trouxe essas figuras.

      Isso é triste tanto para o cenário quanto para nossa imagem.

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  2. Concordo. E isso por que as pessoas se esquecem desse estudo:

    http://whiplash.net/materias/curiosidades/092528.html

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  3. Parabens pelo blog, ótima visão e muita coerência nos posts !

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  4. em curso de humanas a interação social é muito maior, ainda mais se o curso for psicologia, psicologia é um curso totalmente baseado na escola de frunkfurt que defende coisas como transsexualismo pra crianças, gayzismo e claro o feminismo. em relaçaõ ao feminismo, na teoria voce pode ate achar justo, mas na prática essas feministas todas na sociedade não passam de baladeiras misandricas que só querem dar pra cafajestes, marginais, etc e elas veem qualquer headbanger com puro nojo. por eu ter sido internado num asilo mental, quando saí da internação fui forçado a fazer uma terapia no mesmo local com uma psicologa, e tudo que ela queria é que eu cortasse o cabelo, vestisse roupas normais e fosse mais sociável, por eu recusar tudo isso e dizer que o que ela dizia não valia nada pra mim, ela aproveitou da minha situação de sub-cidadão pra gritar comigo e me humilhar, isos foi em 2011 e foi aí que nasceu minha misoginia, logo depois disso entrei em contato com grupos masculinistas no orkut.

    eu cheguei a estudar numa federal, cursando matematica, porem, acabei perdendo o curso porque meus pais me internaram num asilo mental, então eu acabei reprovando pela terceira vez uma materia e perdi o curso. mas quando estudei na federal, eu não participei de trote, não interagi socialmente e fiquei no meu canto, vendo o abismo que existia entre mim e a sociedade. eu na época, naõ era misantropo ainda, eu tinha vida social e amigos lixo(que hoje são meus inimigos), porem na época, ja comecei a sentir ódio de todos os alunos desdo começo do curso por causa do trote, então na época eu tinha uma larga coleção de facas, porem ninguem me forçou a nada, um merdão chegou pra mim no dia seguinte do trote falando coisas como ''voce vai ter que dar dinheiro pra festa'' e eu falei ''foda-se, eu não faço questão de ir'', isso mostra que mesmo inconscientemnete, eu tinha tendencias misantropicas mesmo anos antes da misantropia, e tambem o cara ter falado isso pra mim gerou uma hostilizaçaõ e desdo começo do curso eu peguei ódio por pelo menos todos os homens da minha sala, mas como eu era mangina eu dei em cima de uma negra da sala, eu não conhecia o masculinismo na época.

    na minha opinião, heavy metal é um estilo misantropico e solitário mesmo, nós não temos que querer a aprovaçaõ da sociedade, é como euronymous dizia, não é pras pessoas nos respeitarem, é pra elas nos odiarem mesmo. desda época da escola quando eu comecei a ouvir rock e heavy metal ja existia uma enorme abismo e hostilização entre mim e outros alunos. cheguei a sofrer bullying na escola, porem anos depois comecei a comprar uma porrada de faca e comecei a sentir muito ódio por muita gente.

    vou dar a dica: o importante é ser egoísta, misantropico, individualista. não queria que a sociedade te aprove, faça o que realmente quer sem se importar com o que a sociedade espera de voce. no fundo vivemos numa sociedade individualista e o forte é forte sozinho.

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